Rio das Ostras à beira do caos na saúde pública

Durante a movimentada sessão da Câmara Municipal de Rio das Ostras nesta segunda-feira, o vereador Leonardo de Paula Tavares, conhecido popularmente como Léo Tatá, fez um discurso incisivo abordando a preocupante situação da saúde pública no município. Suas palavras foram direcionadas especialmente ao secretário de Saúde, Fábio Simões, e não pouparam críticas ao prefeito Carlos Augusto Balthazar, acusado de negligência diante das crescentes queixas dos moradores.

Léo Tatá destacou incessantes relatos que recebe diariamente, tanto por ligações quanto por mensagens em redes sociais, acerca das condições precárias enfrentadas pelos munícipes nos serviços de saúde. Entre as principais reclamações estão as dificuldades na marcação de exames, a falta de insumos básicos e o retrato angustiante das longas horas de espera nos centros médicos municipais.

Em um discurso inflamado, o vereador deu voz ao desespero da população: "A saúde é primordial e o secretário tá matando gente. Tá morrendo gente todo dia, toda hora. Recebi relatos de que morreram seis pessoas em um só dia na UPA. Ontem fez 6 meses que Carlos Augusto falou que o governo dele teria a melhor saúde de Rio das Ostras e está sendo a pior."

A crítica se estendeu aos seus colegas parlamentares, que, segundo ele, preferem ignorar as falhas gritantes da istração atual em prol de outros interesses. Léo Tatá indignou-se: "Será que só eu estou falando isso? São 15 parlamentares. E tem vereador vindo falar que Fábio tá trabalhando muito. Só se for para o vereador porque para a população não está trabalhando nada. Destinei quase 1 milhão da minha emenda impositiva para a saúde e se for preciso darei de novo."

É claro o clamor do vereador por mudanças imediatas na gestão da saúde municipal. Tatá pressiona por uma nova liderança que coloque a saúde pública no eixo central das políticas governamentais, para que cesse o contínuo sofrimento dos cidadãos. A comunidade de Rio das Ostras tem expressado, através de protestos e manifestações, sua insatisfação com as condições de trabalho dos profissionais da saúde, a insuficiência de equipamentos e o estafante acúmulo de funções.

Assim, a realidade sombria da saúde pública em Rio das Ostras se revela cada vez mais insustentável, clamando por medidas urgentes e eficientes. A crítica contundente de Léo Tatá ecoa como um apelo desesperado por humanidade e responsabilidade no trato com a vida dos munícipes, exigindo respostas concretas daqueles que deveriam zelar pela saúde e bem-estar da população.

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